terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Andei me perguntando como as coisas ficarão, se as coisas algum dia terão algum sentido, ou se não tem sentido nenhum estar aqui. Em um segundo estou feliz, tenho certeza que sou uma pessoa de sorte por tem quem tenho, em outro, pareço uma pessoa depressiva com problemas que, na verdade, não existem. Mas afinal, felicidade nunca foi ser, felicidade é mais uma coletânea de momentos. Alguns têm muitas, muitos tem algumas. O certo é que para ter felicidade, você precisa viver... Poucos vivem. As pessoas sempre dizem que quando uma pessoa tem tudo o que quer, não tem o direito de ser infeliz... Mas a infelicidade é uma coisa que vem do que você queria sentir e não ter. Eu posso ter as melhores coisas materiais, ainda sim, não sou o que quero ser... Serei infeliz. Tenho muitos momentos, bons e ruins. Agora, convenhamos, prevalece o ruim. Estava na fase de querer gritar para todos o quanto isto me machucou, queria falar pra minha mãe, pros vizinhos, pros catadores de latinha, pros professores, pros motoristas... Eu quis gritar pro mundo o quanto aquilo me feriu. Mas decidi que se essa dor era toda minha o que todos eles tinham a ver? Eles já tinham lá suas dores, o máximo que poderiam fazer era, simplesmente, dizer: "calma menina, vai passar", porque é claro, para todos, sempre, tudo irá passar. E não era isso o que eu gostaria de ouvir, não me faria melhor. Então, eu entrei no chuveiro, sentei-me ao chão e a dor que estava em mim, aos poucos se esvaíam junto com as gotas de água em direção ao ralo... E lá se vai um peso! Foi aí que eu percebi que para aliviar nossas dores, não é necessário sair gritando pra meio mundo o que está acontecendo. Você é a única pessoa que pode expulsar sua própria dor de si mesmo.

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